quinta-feira, agosto 31, 2006

Sobre começos e memórias

A semana começa no domingo, mas todos sentem o gosto (acredito eu) de que ela realemnte começa na temida segunda-feira. Mas esse motivo de temor é só mais uma dessas culturas que a sociedade implantou nos seus integrantes e todos se repetem com o mesmo pensamento. Não seria mais interessante que o pensamento de todos fosse o de que a segunda-feira é o começo, e digna de tal substantivo, ela deveria ser fator de incentivo para o alcance de nossas aspirações e desejos? As minhas segundas-feiras sempre tentam ser assim, afinal é claro que todo ser humano tem momentos menos favoráveis. Mas já começar a mudar essa idéia é um ínicio!

E o que eu fiz de diferente nessa segunda-feira então? Claro que acordei tarde, em decorrência da minha demorada sessão de fotos da noite anterior. Minha penúltima segunda-feira norte-americana (pelo menos em 2006...). Tinha que efetuar umas compras hoje para que os produtos possam chegar antes da Friday dia 8, o dia da minha partida (agora está estampado aqui, eu vinha escondendo isso das pessoas, mas era só para fazer suspense; na verdade, eu já estou divulgando por aí há alguns dias, talvez pela ansiedade que toma conta do meu ser). Então, foi o que fiz, embora um último produto tenha ficado de fora pois não estava aceitando meu cartão brasileiro (bastou tio Manoel chegar que decidimos efetuar a compra com o cartão americano dele). Thúlio almoçou pão, conversou no msn com clipes rodando na MTV Hits. Então, chegou a hora em que queria ir a academia. Era eu saindo e tio Manoel chegando. Acabei correndo demais na esteira e fiquei meio tonto, mas passou rápido e continuei o exercício corporal. Aproveitei e tirei duas fotos lá. Foram só duas porque tinha gente, e no intervalo de tempo que durou entre a saída do primeiro para a chegada do segundo, só deu para tirar as duas (que ficaram horrorosas ainda por cima). De volta ao lar, claro que fui internetar em meio a um macarrão integral feito pelo tio Manoel. Depois que ele foi dormir, eu resolvi ver filmes. Mas dessa vez queria fazer diferente. Quando estava testando o DVD-Rom do computador com o DVD de extras de Harry Potter e o cálice de fogo (que por sinal traz um demo do jogo de computador, que já joguei e já passei da única fase permitida, afinal, muito besta), vi uns extras na tela do computador e vi o quanto é bom ver no computador (coisa que já havia descoberto com Alexandre). Então, resolvi fazer o seguinte: peguei o computador e o monitor e levei para o meu quarto, onde o número de paredes entre as caixas de som e os ouvidos do sonolento tio Manoel subia para duas. Depois dos devido testes de alcance de volume, assisti a dois filmes no meu quarto: Harry Potter e o cálice de fogo (sim, de novo...) e Reencarnação (filme com Nicole Kidman que não agradou muito a todos, mas eu achei belíssimo, inclusive ela, claro! Oh Deus, como o Senhor é um bom artista).

Momento de divagações: ao lembrar de Reencarnação, lembro-me de trêscoisas, que me lembram outras coisas. A primeira é a única vez que vi o filme no cinema, que foi na pré-estréia no Moviecom. Antes dessa sessão, tinha visto outra pré-estréia, a de O chamado 2, na qual estava acompanhado de minha irmã Thamara, e da colega dela Adriana. Mais tarde chegou uma terceira pessoa, mas não preciso falar dela aqui não. Isso me lembra também que pouco tempo depois, Thamara apresentou novamente a vontade de ir ao cinema comigo. Dessa vez era para ver A noiva-cadáver, no mesmo Moviecom, porque no Cinemark só estava passando em cópia dublada (obviamente, no que fui a cópia era legendada). O fato de ela estar naquele dia meio brigada com o namorado é irrelevante. O que importa para mim é que adoro ir ao cinema com ela. A segunda é que no casamento do meu primo Dênis, meu padrinho estava conversando comigo sobre o filme e achou que aquilo era difícil de acreditar para uma mulher formada como é a personagem de Nicole, Anna. Hoje em dia, eu discordo, mas no dia eu nem repondi nada, só concordei com a cabeça. Isso me lembra o fato de que a última vez que o vi foi numa certa Friday que todos da família não vão esquecer. Nem teve uma despedida digna desse nome. A terceira e última é a lembrança que tenho do dia em que meu pai e minha mãe foram juntos ver tal filme nos cinemas. Nesse mesmo dia, eu mesmo estava lá e nem sabia da presença deles; não na sala do filme mas no Cinemark. Nesse sábado, fui ver Miss Simpatia 2 (horroroso) com Bruna, Thaty e Lorena. Depois dessa sessão na sala 8, fomos ver O fantasma da ópera na sala 5, filme que chegava atrasado em Aracaju no dia anterior. Foi ali o meu primeiro contato com tal obra pela qual me apaixonei (e só fui ver mais uma vez no cinema... queria ter visto mais vezes). Logo após tal filme, era hora de procurar o que ver; encontramos O chamado 2, mas eu não queria ver pois já havia começado. Deixei as três lá na sala, com um "Não acredito" de Lorena que ainda me acompanha na minha memória (Ashido!). No final das contas, não foi algo tão ruim de se fazer, pois acabei vendo Menina de ouro pela quarta vez, e logo em seguida consegui ver O chamado 2, do comecinho! Na hora de ir embora, o telefone se comunica com o da mamãe, que se revela no Il Piato, um restaurante que se localiza perto lá de casa. Então, peguei o ônibus e desci exatamente em frente ao restaurante, pois o sinaleiro estava vermelho, e pedi ao motorista que abrisse as portas. Pense na cena, um restaurante um tanto chique recebendo um cliente que desce do famoso Mercedes-Benz. Ah, sem preconceito social! Então foi lá dentro que descobri que meus procriadores haviam visto tal filme naquela noite. Sempre que penso no filme, essas três coisas se exibem como peças em um museu na minha cabeça. Engraçado, não?

De volta a Terra, fui dormir depois que devolvi o computador à sala. Sem sessões fotográficas por hoje.